Dizes: tenho medo
que um dia o meu nome
já não beba dos teus lábios.
E eu digo: a minha voz
rema por estradas
de vento indeciso
e divide-se
por todas as aves
na noite mais pesada--
e uma delas há-de sempre
chegar a ti:
basta que nos percamos
na geografia dos corpos,
eu e tu.
João Coelho
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